Prema Kriya Yoga - Blog - Diamond covered in mud text

Um diamante é menos valioso porque está coberto de lama?

“Um diamante é menos valioso porque está coberto de lama?” – nos pergunta Yogananda

Este Grande Mestre espiritual nos explica de forma simples o que significa a prática do yoga: tirar a lama, para que possamos refletir com totalidade o puro diamante cristalino que somos na essência… Através das práticas meditativas e do estilo de vida no yoga podemos perceber que somos uma onda no Mar cósmico Infinito. Fazemos isso “apenas” removendo o véu da ignorância e revelando assim o Divino dentro de nós.

Para entrar em total conexão e autorrealização, lembrando “Quem somos” precisamos de uma prática espiritual…. É importante esclarecer que quem quer permanecer na ilusão ou sonho Cósmico de “Maya” não precisa de práticas yoga ou meditações… Mas, quem quiser despertar desta “Matrix”; sim, precisa. Essa afirmação nada tem a ver com crença e não digo isso “de ânimo leve”… Mas, é simplesmente científica: assim como há necessidade de estudo e prática para se tornar um excelente músico; existem tecnologias para este propósito especial de realizar o Ser Divino dentro de nós.

Certamente também é verdade que, em essência, sendo que somos todos feitos a perfeita imagem e somos filhos do Ser Divino; a “única” coisa que precisamos fazer é remover o lixo subconsciente e nos lembrar desta Verdade. Mas para nos lembrar (e Patanjali, o grande codificador do yoga, usa exatamente este termo: “smirit”, a memória do Ser); existem exercícios psicofísicos energéticos que foram canalizados há milhares de anos pelos Rishis, grandes sábios iluminados, e que hoje conhecemos como “yoga”. Essas práticas, cientificamente, mantêm o corpo/mente saudáveis e nos levam a mergulhar no Ser. Ps: É importante ressaltar que também existem práticas de outras culturas e tradições que não são chamadas de “yoga” mas que no sentido mais profundo, estas também nos levam ao “yoga” ou, realizar internamente a união no próprio Ser Divino.

Sem práticas espirituais, esse Ser permanece obscurecido pela mente e pelas distrações externas, como um diamante💎 na lama. Devemos, portanto, remover a lama: este é o trabalho da prática de yoga🧘

Para complementar e ajudar no processo de despertar espiritual, além das práticas, também é indicado harmonizar-se com a natureza interna e externa; praticando a não-violência e a compaixão…: até mesmo uma simples caminhada consciente na natureza pode apoiar o nosso propósito Divino; a observação ou criação de uma pintura ou arte significativa; o olhar de uma criança pequena; o carinho sincero; um um banho de mar ou em uma cachoeira; mergulhar na floresta🌳 ou no oceano ou respirar do alto de uma montanha, cuidar de plantas e animais, ouvir e/ou criar músicas inspiradoras, ler e escrever um livro profundo de poesia, contemplar um pôr do sol e um amanhecer: tudo isso pode completar nossa conexão no Ser.

Ao mesmo tempo, lembremo-nos também que pode haver pessoas que vivem na natureza mas que estão desconectadas  e outras, nas grandes cidades, que estão mais conscientes e despertas…

Em outras palavras: nada substitui a prática da meditação…

“Banat, banat, banat Banjai” – “Pratique, pratique, pratique e um dia estará feito…”, diz Lahiri Mahasaya…

É verdade que não devemos sequer estar insatisfeitos com quem somos: é importante, enquanto estamos no caminho, desenvolver o amor incondicional por todos, incluindo nós mesmos e aceitar-nos como somos… No entanto, isso não significa fazê-lo com indulgência; isso não significa que a autorrealização Divina não precise de nenhum trabalho interno a ser feito… a reflexão permanece…

A autorrealização (no Yoga) é uma arte e um equilíbrio: entre auto aceitação, desapego; juntamente com uma investigação meticulosa e profunda; para que possamos nos transformar e entrar no verdadeiro conhecimento da alma através da meditação profunda e superconsciente (ou turiya): observando a pequena onda do pequeno eu no imenso Oceano que Somos.

com amor, prema
Raquel Bhavani

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De onde você é?

Muitas vezes me perguntam: “de onde você é?”.

Esta se tornou uma longa pergunta para responder…: “De onde eu sou?” , me pergunto por alguns momentos… Quase sempre digo algo assim: “Nasci no Brasil mas morei em muitos lugares como Estados Unidos e Canadá e durante 9 anos em Milão, na Itália. Hoje moro em Tenerife.” Talvez esta seja a resposta mais racional e objetiva e, em certo nível, responde à pergunta.  Porém, sempre tenho uma certa sensação de não ter respondido completamente.

A frase do Mestre Yogananda me vem espontaneamente:

“A alma não pode ser confinada dentro dos limites criados pelo homem, a sua nacionalidade é o Espírito; seu país, a Onipresença.”

A verdade é que mesmo que tenhamos raízes e um local de nascimento original destes corpos, com as nossas famílias de sangue – que certamente são importantes e deixam uma grande marca nos nossos corações – sinto no fundo do meu Ser que as famílias e os países que chamamos de “casa” podem ser mais de um… Para mim, certamente são muitos; cada um com seu próprio ensinamento e valor.

Alguns lugares, em particular, talvez ainda mais especiais… A Itália sempre será minha família… O Brasil também… A Índia, é outra mãe para mim… E eu poderia continuar…

Onde quer que eu vá, mesmo que fisicamente longe, estou sempre, ao mesmo tempo, de alguma forma, nestes lugares também. Alguns bem específicos, como a Amazônia, por exemplo…

Cria-se (ou recria-se) um vínculo forte, que é infinito: e que nada nem ninguém poderá quebrar.

Quando lugares, pessoas e seres nos fazem “sentir em casa”, isso vai além do tempo e do espaço… E assim podemos passar muito tempo sem nos ver ou ouvir; ao mesmo tempo, a união é sempre percebida.

Indo ainda mais fundo: posso dizer que me sinto em casa em qualquer lugar, pois sei que “casa” não é um lugar físico, mas um estado de consciência de ser livre na alma, na sua expressividade, criatividade e intuição. Eu sei que quando estamos no Dharma, na nossa autêntica missão de vida, nada é estranho e é sempre, mesmo nos altos e baixos contraditórios da vida, uma alegria sempre nova (Ananda)…

Aprendo e me inspiro todos os dias em uma frase incrível do Mestre Yogananda que diz:
 “Com a prática da meditação você descobrirá que tem um paraíso portátil em seu coração.”  E é nisso que quero viver cada vez mais, sobre o que quero falar com vocês, sobre o que quero transmitir a vocês através das práticas e da vida.


Vossa, com amor, prema
Raquel Bhavani
www.premakriyayoga.com

PREMA KRIYA YOGA - Blog - Yoga e Surfe

Yoga & Surf

Toda a vida estive ao redor de surfistas. Não surfo, mas caminho e brinco no mar sempre que posso sendo este “meu Deus” mais amado manifestado no planeta Terra. Minhas praias favoritas são e sempre foram aquelas de ondas do surf: desde minha cidade natal, no Rio de Janeiro; até meus lugares do coração onde morei por 6 anos em santa catarina na praia do rosa ou na Califórnia, em San Diego por alguns meses onde me hospedei num condomínio puramente so de surfistas. Estas praias normalmente são mais vazias pela dificuldade de entrar na agua, para um banhista comum; alem disso, muitas vezes são praias naturais onde so o som maravilhoso das ondas e da natureza se ouvem e isso traz uma sensação de paz e liberdade incríveis.  

Por sintonia, nesta vibração, muitos dos meus alunos, e sobretudo alunas mais próximas, são grandes “pegadores” de ondas.

O yoga realmente pode ajudar a melhorar a experiência do surf porque trabalha para fortalecer e alongar o corpo evitando lesões e sendo terapêutico para estas, sobretudo nos ombros, joelhos e costas; que são partes do corpo muito usadas no surf.

Outro ponto é o equilíbrio que é essencial para o surfista, o qual no yoga praticamos com assiduidade como podem imaginar…

Além disso, o que e’ crucial e’ que o yoga é uma prática de foco, que precisa de concentração e desenvolve a atenção plena no respiro e a sua expansão, o que auxilia imensamente na vida de todos para tudo o que fizermos, mas neste caso específico pode inclusive salvar vidas: quando um surfista cai da prancha, por exemplo, ele/ela precisa manter a calma, observar o momento presente, conseguir suspender o respiro às vezes por longo tempo e com calma, voltar a superfície.

Existem ainda muitas mais uniões entre surf e yoga como a conexão com a natureza e animais e a reflexão de vida sobre a capacidade de fluir nas ondas altas e baixas da existência, em harmonia.

Em 2023 me mudei para Tenerife e aqui, “por acaso”, também colaboro com uma escola de surf onde se organizam retiros também… Aqui o link para conhece-los: https://www.blackstonesurfcamp.com/surf-yoga-pack/

Portanto, se você é surfista em qualquer lugar do mundo e quer praticar comigo online ou presencial aqui em Tenerife ou …em um retiro no Brasil, na Italia e no mundo… Me contate que organizamos nossas práticas juntos. Adoro a “surf vibe” e sei que posso te ajudar a potenciar a sua experiencia na agua, nesta filosofia de vida tão bela e unida ao yoga que e’ o surf.

Namaste! Aloha!
Raquel Bhavani

“O yoga é imprescindível para minha evolução no surf. Um perfeito complemento, tanto  físico pelos alongamentos e equilíbrio, como no contexto mental e espiritual com o trabalho da respiração e a meditação profunda.” Graziella Rodriguez

Prema Kriya Yoga - Blog - Post Surya e Chandra

Surya e Chandra – O sol e a lua, o yoga dos opostos

“Parece que sempre houve uma rivalidade entre homem e mulher. Mas eles são iguais; nenhum deles é superior. Tenha orgulho do que você é nesta vida. Você é uma alma que esteve em corpos masculinos e femininos em diferentes encarnações passadas. Se você é mulher agora e inveja os homens, terá que reencarnar como homem. E preste atenção: se você é homem agora e se sente superior às mulheres, talvez tenha que nascer mulher.

O homem argumenta que a mulher é emocional e não consegue raciocinar, e a mulher reclama que o homem não consegue sentir. Ambos estão incorretos. A mulher pode raciocinar, mas o sentimento é o mais importante em sua natureza; e o homem pode sentir, mas nele a razão é predominante. O ideal é equilibrar razão e sentimento na própria natureza. Aqueles que são muito femininos não encontram liberdade de alma, e nem aqueles que são muito masculinos. Cada sexo deve lutar por um equilíbrio, aprendendo uns com os outros através da amizade e da compreensão.

Nos grandes santos vemos combinadas as qualidades ideais masculinas e femininas. Jesus era assim; todos os mestres também. Quando você atingir esse equilíbrio perfeito entre razão e sentimento, terá aprendido uma das principais lições para a qual foi enviado aqui.” Jornada para a Auto-Realização; Yogananda

O que significa Surya e Chandra?  Surya e’ “sol” e Chandra e’ “lua”.

Podemos dizer que toda a pratica yogica tem como objetivo fundamental aquele de equilibrar as nossas energias interiores: aquela solar e aquela lunar. Em cada um de nos e em diferentes momentos da vida e inclusive do dia, podemos perceber que uma destas energias predomina. Não estamos falando aqui sobre sexo: a alma não tem sexo e em todos nos existe seja a energia mais solar e masculina e a energia mais lunar ou feminina; independente do corpo que nos reencarnamos; podemos inclusive observar muitas mulheres que são mais energeticamente “surya” e homens mais “chandra”, por assim dizer.

Em poucas palavras podemos resumir o que acontece quando praticamos yoga: equilibramos estas duas energias (Surya e Chandra) e, de consequência, despertamos a nossa energia espiritual do ser ou da alma (Atma).

O que quer dizer isso, mais profundamente?

Quando nossa energia surya esta mais predominante, podemos estar tendencialmente mais energéticos, luminosos e fortes. A nossa parte solar e’ o nosso lado masculino, exuberante, extrovertido, determinado, visionário, concentrado e saudável. A qualidade do sol e’ o calor: acolhedor, alegre, que sabe discernir e e’ radiante e de grande potencia física. E’ uma energia que exterioriza e que age.

Ja quando a energia chandra prevalece normalmente estamos mais sensíveis, emotivos e introspectivos. Nossa parte lunar e’ feminina, relaxada, criativa e receptiva. Com estas qualidades conseguimos nos entregar mais, nos conectamos mais facilmente com a natureza e nos percebemos parte desta, conseguimos intuir mais as sutilezas da vida.

Ambas energias são importantíssimas no despertar espiritual autentico: uma complementa a outra. Quando integradas, podemos realmente e verdadeiramente experimentar a alma, o Ser, a Luz Espiritual de onde viemos (Brahma), aquela que nos sustenta (Vishnu) e para a qual nos dissolvemos (Shiva).

Se estamos exageradamente alimentando e nutrindo a nossa parte mais solar e masculina sem cultivar a nossa delicadeza lunar; podemos nos tornar, por exemplo, mais agressivos, impacientes, egocêntricos e arrogantes. Negar nossa parte mais feminina nos faz desconectar com nossa parte natural, reprimindo-a; o que nos leva a um espaço de desequilíbrio, doença e ignorância.

De outro lado, e’ também verdade que se nos tornamos enfaticamente energeticamente somente femininos; isso nos pode trazer uma sensibilidade exagerada e assim nos deixamos levar pelas ondas das emoções, perdendo o discernimento, o estado de observação e quietude tão necessário para ver e viver na verdade do Ser, com expansão e amplitude.

Podemos notar inclusive quando meditamos: para que a meditação aconteça de maneira mais natural e fluida e’ necessário seja a capacidade de imobilizar-se, desapegar-se e estar vigia consciente de tudo o que ocorre, dentro e fora de nos, com desapego e atenção; porem junto a este aspecto “Surya” e “Shiva”; precisamos também do “Chandra” ou “Shakti”: do relaxar-se, deixar-se ir, entregar-se, abrir-se e sermos receptivos, aceitando de todo coração o processo.

Se formos ainda mais em detalhes e profundidades, isso vale para tudo na vida: não basta disciplinar-se e autocontrolar-se se criarmos expectativas de resultados sem ter paciência para deixar vir o que deve vir… E o mesmo ocorre de maneira oposta: não adianta “viver o presente” com leveza, fluindo nos acontecimentos da vida se também não tivermos força de vontade para nos transformarmos, purificarmos e verdadeiramente nos elevarmos.

 O segredo da felicidade e’ este equilíbrio interior: agir positivamente na direção da justiça e do Dharma (ação justa alinhada a vontade Divina) e entregar totalmente os resultados ao Divino, sem expectativas; plenamente receptivos ao que e’, em um estado de gratidão e reconhecimento.

Não nos julguemos se não conseguirmos sempre esta plenitude harmonica. Somente pelo fato de estarmos aqui e agora refletindo, estudando e praticando yoga e meditação; ja e’ um sinal que estamos nesta busca e tudo começa por ela, colocando na nossa cotidianidade  estes ensinamentos, com o tempo e com paciência, este equilíbrio e revelação do Ser com certeza vira’, quando menos esperamos.

“Em cada ser existe uma natureza masculina e uma feminina. O lado masculino ou positivo revela-se como os poderes de discriminação, autocontrole, julgamento exigente – qualidades que expressam ou respondem à razão. A natureza negativa ou feminina consiste em sentimento – amor, simpatia, bondade, misericórdia, alegria. No ser ideal, esses dois aspectos estão perfeitamente equilibrados. Mas se a razão carece de sentimento, torna-se calculista, dura, crítica; e se o sentimento não tiver razão, torna-se uma emoção cega.”

Paramahansa Yogananda, Deus fala com Arjuna: O Bhagavad Gita

“O equilíbrio harmonioso entre razão e sentimento leva à percepção intuitiva e à capacidade de saber o que é a Verdade. Alcançando esse equilíbrio, homens e mulheres tornam-se deuses.”

Paramahansa Yogananda, A Segunda Vinda de Cristo

Namaste, muito amor (prema), em serviço e em harmonia surya-chandra

Espirito e Natureza Dançam juntos: Radha Govinda.

Raquel Bhavani – Prema Kriya Yoga

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O que é meditar e por que meditar faz parte da cotidianidade para uma vida saudável e plena?

MEDITAR É UM PROCESSO SIMPLES E NATURAL. É um lembrar-se (smrit, do texto dos Yoga sutras de Patanjali) da nossa Verdadeira existência – no Kriya Yoga, por exemplo, se repete ‘Hong So’ – Eu sou Aquele. Nesta técnica que aprofundaremos mais adiante, nos sentamos silenciosamente repetindo ‘Hong’ no inspiro e ‘so’ no expiro; mas podemos utilizar inúmeras preparações e técnicas que nos conduzem ao estado meditativo autêntico, as quais compartilharemos também durante o curso.

A meditação é a cura das curas e, na minha humilde visão, o ato mais importante de todo o dia: o compromisso que não deveríamos jamais perder. Assim como tomamos banho todos os dias para limpar os resíduos da pele, ou quando vamos ao banheiro eliminar as toxinas que se acumulam dentro; a meditação é um processo natural de limpeza interna do nosso corpo sutil energético e do nosso corpo mental, e, podemos dizer que este trabalho interior, de consequência, também purifica o corpo físico.

O habito de, uma ou mais vezes por dia, por poucos minutos ou mais tempo, sentarmos quietos, interiorizados, escutando atentamente o respiro e observando tudo o que ocorre ao nosso redor e sobretudo dentro de nos, com atenção plena, consciência e presença… e’ meditar. Este ato cotidiano transforma completamente e construtivamente a nossa qualidade de vida e de todos que entram em contato conosco. Alem disso, todos podemos priorizar este ato de amor conosco mesmos e com os outros e nos dedicarmos alguns minutos a esta pratica essencial da vida.

A ciência do yoga explica que tudo inicia da mente, ou melhor, da vibração e do som que emanam na mente… Por isso é tão importante curar esse espaço profundo de dentro. O corpo é o instrumento que nos foi dado para viver neste tempo na terra e por isso temos o dever de curá-lo e mantê-lo saudável cuidando da alimentação, exercitando-o diariamente e purificando-o. Ao mesmo tempo, a mente é o instrumento do qual o corpo depende para estar bem e portanto uma mente intoxicada e mal cuidada, gera consequentemente um corpo doente. O mestre Yogananda afirma: “A mente é mais importante do que o corpo. O Espírito (ou o Ser interior) é mais importante do que a mente.”

A meditação já foi estudada profundamente, mesmo que ainda temos muito o que descobrir sobre esta disciplina ancestral para nosso Bem Estar completo.

Aqui estão alguns dos benefícios da meditação comprovados pela ciência moderna

  • Vem usada a anos como remédio contra o estresse e das graves consequências físicas

que vem com esta, e dos estados de ânsia (inclusive os ataques de pânico).

  • Estabiliza o humor e previne estados depressivos
  • Nos últimos anos a meditação é usada como terapia da dor e até nos repartos oncológicos.
  • Calma o coração;
  • Ajuda nos problemas de insônia ou no dormir demais,
  • Melhora a concentração em tudo o que se faz;
  • Faz produzir mais endorfina – substância (neurotransmissor) que produz o bem-estar: é a substância que permite anestesiar a dor por exemplo que se cria enquanto praticamos esporte.
  • Faz produzir mais Serotonina – substância (neurotransmissor) que produz contentamento: estabiliza o humor que se cria de frequente nas relações de amor profundo entre parceiros ou entre mãe e filho)
  • Faz produzir mais GABA – substância (neurotransmissor) da qual a falta expõe o sujeito às dependências (álcool, droga, comida, compras, sexo compulsivo ou outros)
  • Maior produção de Melatonina – substância (hormônio) que estabiliza o sono
  • Maior produção de HGH – substância (ou hormônio do crescimento) que protege do envelhecimento dos tecidos
  • Maior produção de DHEA – substância (hormônio) da qual a falta nos expõe a tumores, osteoporose, diabetes, obesidade e outros. Deste hormônio dependem as nossas defesas imunológicas.
  • Redução na produção de cortisol – substância (hormônio) prejudicial para o organismo como o abaixamento das defesas imunológicas e do envelhecimento dos tecidos.
  • Espessamento da córtex cerebral (de 8 a 16 milésimos de milímetro segundo uma busca do YALE e de Massachusetts Institute of Technology)
  • Capacidade de produzir conscientemente ondas cerebrais de um estado de profundo relaxamento e de concentração.

Os benefícios da meditação a nível mental são:

  • A mente é mais serena e lúcida
  • Desenvolve uma sensação de bem-estar
  • Aumenta as faculdades mentais
  • Clareia as idéias (até nos momentos mais críticos)
  • Estabiliza o humor
  • Contribui a criar harmonia nas relações
  • Ajuda na concentração no trabalho, nos estudos e nas atividades esportiva competitivas
  • Desenvolve a conscientização

E este è o ponto crucial: a conscientização, a atenção plena, a presença no aqui e agora.

Quando somos conscientes daquilo que estamos vivendo no momento presente, aí então estamos vivendo plenamente a experiência da vida; quando não somos conscientes (talvez na maioria das vezes num ser humano ordinário) nós não vivemos, mas nos deixamos viver.

Se você meditar todos os dias, vai notar que depois de umas semanas as coisas ao teu redor serão mais lindas… As cores serão mais vivas e intensas, verás mais os particulares esplêndidos da paisagem que antes estavam camuflados no fundo… Os sons, as sensações do corpo, tudo será naturalmente e “quase imperceptivelmente” mais “intenso” e mais vívido.

E ainda, o benefício mais maravilhoso em absoluto da meditação, e a causa de todos os outros efeitos ‘colaterais’, por assim dizer; é aquele de “voltar à Casa” o ao “Verdadeiro Ser”: e’ o de lembrar Quem somos. Quando estamos desconectados da nossa Verdadeira Essência, sentimos sempre um continuo descontentamento que buscamos de preencher por fora, e que nunca nos faz realmente realizados. Ao invés disso, quando começamos um percurso interior e entramos em contato com ‘Aquele Ser’ que vai além da mente e do intelecto, dos sentimentos e das emoções… descobrimos assim de levar conosco um “Paraíso Portátil” em qualquer situação, como diz o mestre Yogananda.

Entrando brevemente em aspectos mais profundos da meditação, em um dos mais importantes textos sagrados do yoga, a “Bhagavad Gita”, encontramos 8 aspectos do Ser que podemos experimentar ao meditarmos. Estas 8 qualidades fazem com que possamos identificar quando tal momento ‘meditativo’ acontece. Quando estamos em contato com “Aquele Ser” percebemos uma (ou mais de uma) destas 8 manifestações naturais: a Luz do olho espiritual, uma Alegria incondicional, um Amor Puro expansivo, o Poder ou Potência interior, o escutar da vibração do mantra OM (som primordial), um estado de Paz profundo, uma Calma leve durante o dia inexplicável e-ou a Sabedoria e intuição em cada momento e situação quotidiana.

Uma outra maneira de colocar em palavras esta experiência profunda do Ser Divino é a palavra usada nas escrituras clássicas indianas: Satchittananda’ sempre presente, sempre consciente e na Alegria sempre nova”; traduzido pelo mestre Yogananda.

Roy Eugene Davis, discípulo direto de Yogananda e meu Mestre espiritual na terra; diz que quando meditamos até chegar a este estado de Pura Consciência (turiya), ‘queimamos’ os karmas passados, purificando o que não serve mais (como os hábitos negativos); e ao mesmo tempo despertando e fazendo manifestar as sementes kármicas que tem a ver com os talentos naturais escondidos e muitas vezes reprimidos durante a vida.

Meditando regularmente, sem esperar nada – teremos todos os benefícios, e veremos como, naturalmente, a nossa vida será melhorada.

Pouco importa se és ateu ou católico ou budista ou pertence a qualquer outro grupo, instituição religiosa, espiritual ou não: medita e a tua vida será mais “vida” e saberás sempre mais receber o “momento fugaz”, o “aqui e agora” deixando sempre menos poder à confusão mental.

Por ultimo, deixo uma inspiração e reflexão do Mestre Sri Yukteswar, Mestre do Yogananda:

“Esqueça o passado. As vidas passadas de todos os homens são obscurecidas por muitas vergonhas. A conduta humana é sempre incerta, até quando não estará ancorada no Divino Ser. Todas as coisas vão melhorar no futuro, se você fizer um esforço espiritual agora”

PREMA KRIYA YOGA - Blog - Sobre o karma

Sobre o karma…

O conceito de Karma na filosofia do yoga é um termo já bem conhecido… As pessoas usam na linguagem do dia-a dia: “este é meu karma” ou “tal pessoa tem um karma difícil…

Em geral, entende-se que ao agirmos ou pensarmos de uma certa maneira, a resposta do Universo se manifestará (no bem e no mal). Podemos entender com exemplos simples, como: se eu decidir comer muito doce, terei dor de barriga, não é verdade? Ninguém me está “amaldiçoando”… com a experiência, entendo que esta é uma verdade e uma resposta para mim. E posso decidir então se vou comer e ficar mal, ou moderar e ficar bem.

O que às vezes não se compreende é que esta resposta não sempre é assim tão direta e nem tão linear. E o que às vezes as pessoas não veem é que mesmo a pior situação material de uma pessoa nem sempre é indício de um “karma ruim” e nem sempre uma pessoa rica e saudável é abençoada somente de “karma bom”. Normalmente, em quase todas as situações, os karmas são mistos. Conheci pessoas lindas, sensíveis, ricas e inteligentes que se jogaram pela janela… e conheci pessoas que moram nas ruas do Rio de Janeiro plenas em alegria de vida e vontade de aprender e melhorar. As coisas nem sempre são como pensamos e julgamos.

Mesmo a pior situação material de uma pessoa nem sempre é indício de um “karma ruim” e nem sempre uma pessoa rica e saudável é abençoada somente de “karma bom”

Acredito que, por exemplo, as pessoas com maior dificuldade material na vida têm um papel em sensibilizar aqueles mais privilegiados a nível material. Tenho certeza de que, se temos possibilidades, casa, comida, segurança, saúde e estamos bem com tudo de essencial garantido, temos também a responsabilidade e o dever de ajudar o próximo, que talvez esteja numa situação menos favorável.

Acredito também que muitas vezes escolhemos o tipo de karma que queremos enfrentar nesta vida, e nem sempre aquele que tem “tudo” na vida continuará assim para sempre, uma vez que, dependendo de como a pessoa age neste mundo, numa próxima vida terá uma situação diferente, sempre para aprender e ir adiante no percurso. E vice-versa. Não se trata de uma punição, é simplesmente uma lei Universal que vale para todos nós.

Não devemos, é claro, aceitar pacatamente situações de violência ou de miséria extrema, dizendo : “este é meu karma, ou o karma dele ou dela… “, mas observar o que está acontecendo e agir sabiamente com o objetivo de melhorar a nossa ou a situação do próximo.

Segundo Paramahansa Yogananda, meu mestre espiritual, quando entramos em superconsciência no Ser Divino, além da mente, além das emoções, em um estado de calma e paz, na Bem aventurança Divina, estamos além inclusive dos karmas e somos livres. Ele nos encoraja a entrar em profunda meditação cotidianamente e nos identificarmos sempre menos com o ego e lembrarmos do nosso Infinito Ser, ilimitado e não mais condicionado por nada. Nós simplesmente Somos. Hong-So. Om Guru Om.

Raquel Bhavani

PREMA KRIYA YOGA - Blog - Transformacoes Percurso Espiritual

Transformações no Percurso Espiritual

Namaste, amigos e amigas!

Hoje gostaria de compartilhar com vocês algumas reflexões sobre o percurso espiritual, questões que, noto, talvez não sejam muito claras para muitos de nós, sinceros buscadores.

É muito importante compreender alguns ensinamentos do percurso espiritual, sobretudo para quem o está percorrendo mais conscientemente, e entender que esses ensinamento vão muito além do nosso intelecto e da nossa mente pensante. Precisamos “pescar” estes ensinamentos a nível intuitivo – afinal, estes estão intrínsecos no interno do nosso Ser.

Por exemplo, será que “ser zen” significa não sentir e/ou demonstrar emoções? Ou significa sermos verdadeiros e autênticos em relação a estas? Se respondeste ‘sim’ à segunda opção, estamos em sintonia. Segundo minha própria percepção e após quase 20 anos de prática, meditações, estudos e mais de 15 anos ensinando diferentes corpos e mentes, humildemente compreendo que a prática do yoga e da meditação não anulam nossos sentimentos e emoções. Pelo contrário, por vezes estas nos fazem sentir ainda mais e despertam maiores sensibilidades a tudo que ocorre dentro de nós e ao nosso redor.

Será que “ser zen” significa não sentir e/ou demonstrar emoções? Ou significa sermos verdadeiros e autênticos em relação a estas?

A espiritualidade não nos deixa indiferentes ou frios, nem muito menos insensíveis. Muito pelo contrário, somos mais presentes e atentos, somos mais vivos e despertos e, por isso, sentimos ainda mais.

Ao mesmo tempo, o que realizo é que, com as práticas, ficamos também mais desapegados e menos identificados; tornamo-nos mais vigias e menos envolvidos, somos mais observadores e menos emaranhados nas emoções e nas situações.

À medida que nos desprendemos de tais atitudes, pensamentos e emoções, somos mais maduros emotivamente e mais capazes de aceitarmos estas e assim, quando for o tempo, poderemos também purificá-las (isso nem sempre ocorre no “nosso” tempo, mas no Divino tempo…).

No momento que nos entregamos, nos abraçamos e exercemos a compaixão (inclusive conosco mesmos), acontece quase que espontaneamente uma liberação.

Tudo isso é muito sutil e muito mais fácil falar e escrever do que realmente colocar em prática… Mesmo para aquele que pratica e medita por anos, por vezes se frusta consigo próprio, achando-se incapaz de mudar e acreditando que todo seu esforço para melhorar não serviu a nada…

A boa notícia é que, se formos capazes de nos amarmos assim como somos, com nossos “defeitos” e “qualidades”, praticando e meditando sem expectativas, realmente e verdadeiramente doando todos os frutos das ações ao Divino Ser, ao Guru, a Deus (ou como preferires se referir a este Ser interior), tenho profunda confiança e fé  de que a transformação e iluminação virão.